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terça-feira, 15 de abril de 2008

Tributo à Coroatá

Neste dia, ao despertar quero desejar-te e abraçar-te e dizer-te: em viço, em choro. Com o coração contrito e partido, quase alheio. Em meio a tantas tristezas e poucas alegrias. Espero vê um belo e um largo sorriso estampado na cara do nosso povo. E apesar dos pesares, ainda pensardes o que dizer dos inúmeros erros e dos pouquíssimos acertos acometidos pelos seus atuais políticos algozes e feitores. Venho encimar minha declaração de amor e paz. Sem bolo, sem vela, sem banda, sem foguete e sem vinho, quero içar a bandeira e ouvir o hino. Quiçá! Quiçá! Parabenizar-te, pelos seus oitenta e oito anos que se completaram. Como um noviço, não me estranha ser um filho adotivo, suplicando as tuas entranhas maternas, e quão sou tão rebelde! Sou aprendiz! Aprendi e me apreendi ao seu encanto urbano. E é preciso louvar e amar a cidade, acima de todas as devoções à qual tenhamos que fazê-las para termos o pão nosso de cada dia. Porque aqui é o lugar de todos nós! Onde nascemos, crescemos, vivemos, trabalhamos, moramos, estudamos, morremos, semeamos, herdamos e plantamos a piteira ou agave, que se originou duma só mistura toda essa beleza que matiza em cores, gerando as mais diferentes raízes e controvertidas paisagens. Que permanecerão submersas e imersas nesta terra, e do pó brotarão outros rebentos. Embora, entristecido sinto n’alma e, em meu coração, e de toda minha gente, e ter que pensar único penar. Não temos nada a comemorar, nesse breve espaço de tempo. São postados três anos, três meses e oito dias e horas insólitas e incômodas. Olho para o firmamento, e contemplo perplexo - cronômetro esse escasso relógio do tempo que se dá por perdido, contudo pode ser revertido. Que registra a marca de uma cicatriz aberta que procura a cura para todos os males, que brotam do nada, e que surgem do espanto, e somente a força do canto que chora e sopra das bocas murmúrios e dos olhos espantados, mulheres grávidas e crianças barrigudas, que estendem as mãos querendo, pão! Que tentam fazer ancorar essa nau perdida. Que veleja e viaja. Sem proa e leme. Sem rumo e rota. Qual é a nova direção? Se estiverdes desgovernada, vai singrando rio afora e rio adentra, que necessita com urgência, ser redirecionada pelo seu verdadeiro capitão-mor.Que a enseja! E assim, retornando-a ao seu cais, para em breve, entre brumas e espumas aportar, novamente em seu porto seguro, para ancorar, não desancorar, jamais! Enfim, todos os homens, mulheres, filhos e crianças, não importa o credo, religião, o sexo, a cor e a raça, agonizam e pedem S.O.S – Save Ours Souls. SALVEM AS NOSSAS ALMAS, POR FAVOR!

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