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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os dois Brasis: a rota e o mapa da pobreza!!!

Quando fui estudante e acadêmico, no início dos anos da década de 80, li o livro, “Os Dois Brasis”, escrito por um sociólogo francês brazilianista de nome Jaccques Lambert, Companhia Editora Nacional, SP, ano 1967, 3ª edição. É um livro raro, já fora de circulação. Porém, os estudantes do ensino médio e superior que queiram tê-lo, bastam acessar o Google, e digitar o nome “Traça Livraria”. Tal livro aborda as diferenciações sócio-econômicas e culturais deste imenso país chamado Brasil. Território gigantesco de dimensão continental, localizado na América do Sul, de forma triangular, e cujo povo é constituído por uma mistura étnica que originou um perfil próprio – o ‘Caboclo’, termo que rotulou esse novo estereotipo da gente brasileira, pelo também sociólogo, Gilberto Freire, em seu livro ‘Casa Grande e Senzala’. Hábitos e costumes que se observam claramente a olho nu, ao se visitar cada região e cada estado. Com solo e clima oscilantes devido à sua composição e meio ambiente. Na alimentação se apresenta uma riqueza de muitos pratos e iguarias de sabores variados. A língua inicial foi a tupi guarani, sendo confundida com dialeto. Quando descoberto pelos portugueses, e ao desembarcarem em terra firme. A língua portuguesa é ensinada de forma notória pelos padres jesuítas. Mais tarde a chegada do negro africano que é trazido como escravo colonizador para empreender o trabalho braçal forçado, durante os primeiros séculos da colonização brasileira, e que contribuíram nos diversos ciclos econômicos. Daí então, o começo e a formação da nossa etnia: negros e brancos; brancos e índios e negros e índios. Este é um pequeno resumo desta história cheia de tradições e manifestações folclóricas que estão embrenhadas na cultura dos Dois Brasis, que em recente pesquisa ficou apontado fatores gravíssimos, onde o assistencialismo público é igualmente um pouco mais do que uma esmola social, substituindo o trabalho do assalariado. O retrato do mapeamento de uma triste realidade como vivem e onde vivem os miseráveis brasileiros que estão abaixo da linha da pobreza. Hoje, será lançado, 24, e apresentado o IDF o Índice de Desenvolvimento Familiar. O objetivo desse índice visa medir a vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento e condições de habitação. O estudo revelou ainda as desigualdades sociais entre os pequenos e grandes municípios. Nas pequenas cidades, metade dos domicílios tem rendimento mensal de R$ 200 reais e 21,7% deles têm saneamento básico. Enquanto, que nas grandes cidades, os domicílios têm renda de R$ 540 reais e taxa de saneamento chega a 79,7% das casas possuem. Na Região Nordeste a coisa continua mais grave. Em Maceió, capital das Alagoas, os R$ 200 reais de uma aposentada sustentam uma filha, seis netos e um bisneto. Os estados que apresentam a pior situação de miséria absoluta são o do Amazonas, Pará e Maranhão. Os miseráveis desses estados, na maioria das vezes se alimentam de um chibé criado por eles mesmos. Ou seja, uma mistura de água quente ou fria, sal e farinha; quando muito tem. E, quando tem, somente uma ração, escolhendo-se até o horário para ‘bagulhar’. Este é o termo mais “adequado”. O MDA – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com ajuda do Cadastro Único procuram assiste às famílias brasileiras, através das políticas públicas sociais do governo federal. Pelo menos, o índice da pobreza e da miséria foram reduzidas ao longo desses anos. Pode ser considerada assistencialista, no entanto é uma esmola social que o cidadão brasileiro tem certeza de que é certa. VIVA O BOLSA FAMÍLIA!

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