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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Gaza: as crianças e a guerra

Como poderíamos descrever tais cenas horripilantes e hediondas, se isso estivesse acontecendo, aqui no Brasil? Pequeninos corpos repousam lado a lado enrolados em mortalhas. São rostinhos angelicais. São criancinhas em idade pré-escolar que aparecem dentre os destroços de uma casa ou sob os escombros dos prédios demolidos pelo bombardeio intenso de um cessar-fogo que parece não ter trégua. As crianças são as que mais sofrem com essa guerra em meio a tanto ódio promovido por palestinos e israelenses. As crianças são as maiores vítimas indefesas, que compõem mais da metade da população de 1,4 milhão de pessoas da Faixa de Gaza. Segundo o noticiário dos jornais de todo o mundo, pelo menos 257 já morreram e 1.080 ficaram feridas – um terço das vítimas registradas desde 27 de dezembro. Crianças que dormem, comem, brincam e se divertem jogando bola sob o som da artilharia disparada pelos soldados israelenses. Na verdade, toda a Faixa de Gaza tornou-se terreno perigoso. Crianças foram mortas em ataques dentro de suas casas, quando estavam dentro de carros com seus pais. Na Faixa de Gaza não tem refúgio ou lugar seguro. Qualquer local é alvo fácil e as crianças são atingidas pela artilharia pesada que perpetram bombas sem parar. Lá, os direitos humanos praticamente inexistem, e nem um outro órgão internacional intervém, no sentido de amenizar ou estancar essa dor, esse infanticídio causado pela guerra que é milenar. Cujas vítimas são as crianças, e as que sobreviverem terão o resto de suas vidas marcadas pela tragédia da guerra.

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