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sexta-feira, 13 de março de 2009

Projetos de Jackson Lago depois da cassação repercutem na AL

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Ricardo Murad afirma que oposição apoiará o que beneficiar o Maranhão

O líder do Bloco de Oposição na Assembléia Legislativa, deputado Ricardo Murad (PMDB), afirmou ontem que a sua bancada analisará com responsabilidade todos os projetos encaminhados à Casa pelo governador cassado Jackson Lago (PDT) até o dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar, definitivamente, a sua saída do cargo. “Não nos furtaremos a apreciar qualquer projeto que seja do interesse público”, disse ele, ressaltando estar disposto a fazer uma transição tranqüila, com a participação de todos.

A postura de Ricardo Murad foi bem recebida pelos líderes governistas, que não manifestaram qualquer contestação em plenário. Segundo eles, o governo deve encaminhar à Assembléia pelo menos quatro projetos até o fim deste mês. Um deles já se encontra na Casa e prevê a criação de 310 vagas para a área do Magistério, para atuação na educação especial. As outras propostas, ainda em fase de encaminhamento ao Legislativo, prevêem a implantação do adicional noturno para os policiais militares, a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Polícia Civil, e o reajuste linear para reposição da inflação a todo o funcionalismo.

Embora o líder oposicionista reconheça que o encaminhamento dos projetos só agora - “depois de o governo humilhar as categorias durante dois anos” – ser apenas uma forma de Jackson Lago tentar amenizar o desgaste da sua imagem no ocaso do governo, as proposições serão analisadas com critério pela bancada oposicionista.
“O que não se quer é um trem da alegria. O que não se quer é a inviabilização do governo que vai iniciar. E já tenho a garantia do líder governista (Edivaldo Holanda, (PTC)) de que não virá nenhum projeto para embaraçar”, disse Ricardo Murad.
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RECUPERAÇÃO
A mesma postura de Ricardo Murad foi manifestada semana passada pelo também oposicionista Max Barros (DEM), em entre-vista à Rádio Mirante AM. Para ele, o importante agora é olhar para a frente e buscar a recuperação do Maranhão. “A senadora Roseana Sarney vai assumir o governo e todos aqueles que estiverem dispostos a cooperar, que venham”, disse o parlamentar do DEM.
Para Max Barros, não há necessidade de clima de guerra entre os membros do governo e da oposição, até porque a decisão do TSE apenas corrigiu uma distorção da eleição de 2006, devolvendo o cargo a Roseana Sarney, que seria eleita legitimamente no primeiro turno se não houvesse a compra de votos. “Houve uma decisão judicial, que tem que ser respeitada. As diferenças políticas os dois lados resolvem com o debate democrático”, declarou o parlamentar.Tanto Ricardo Murad quanto Max Barros disseram esperar maturidade e equilíbrio dos membros do governo e da sua bancada na Assembléia, para que sejam resolvidas as pendências de interesse do estado. Os projetos governistas deverão ser analisados em plenário a partir da semana que vem.
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Reproduzido do jornal “O Estado do Maranhão” do dia 13/03/2009 – pg03

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