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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

STF deverá julgar candidato de Odair José Weverton Rocha na próxima semana por desvio de colchões


Conhecido da Justiça e da Polícia Federal, se condenado pelo Supremo, pedetista estará inelegível em 2014.



Atual7

O ex-assessor especial do presidente nacional do PDT e ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana. Ele é acusado de ter desviado 1.080 colchões de 75 mil que foram destinados ao Maranhão, em 2008, para ajuda humanitária aos desabrigados pelas enchentes no Estado. O relator é o ministro Dias Toffoli.

Weverton Rocha e os companheiros dinistas, Rubens Pereira Júnior, Edivaldo Holanda Júnior e Geraldo Castro. Foto: Felipe Klamt

SUBTRAÇÃO CRIMINOSA Weverton Rocha e os companheiros dinistas aguardam decisão do Supremo sobre o uso impróprio de bens públicos pelo pedetista. Foto: Felipe Klamt

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MP/MA), durante um evento político do Movimento Sem Terra (MST) e do PDT em São Luís – que integravam uma mobilização contra a cassação do ex-governador Jackson Lago (PDT), esses colchões foram utilizados por ‘balaios’ que estavam instalados no antigo Casino Maranhense.

Conhecido da Justiça e da Polícia Federal – e pelos ‘Diálogos pelo Maranhão’, o atual presidente estadual do Partido Democrático Trabalhista, deputado federal Weverton Rocha Marques de Souza – um dos principais ‘cabos eleitorais’ do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), e do ainda presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), ocupava, na época, o cargo de Secretário de Estado de Esporte e Juventude.
‘Deste modo, verificou-se claramente que os colchões componentes de kits de ajuda humanitária doados pelo Governo Federal, em virtude das condutas criminosas acima narradas, não cumpriram com a finalidade, qual seja, a de atender as necessidades das famílias vítimas das enchentes espalhadas por todo o território maranhense’, argumentam os promotores na acusação.

Na mesma ação penal [678] instaurada para apurar a prática do crime, também foram acusados de ‘subtração criminosa’ Aderson de Carvalho Lago Filho, ex-chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago; Arinaldo Rodrigues Moreira, o ‘Ari’, assessor de Weverton Rocha; e Renato Dionísio de Oliveira, ex-vereador do PDT. Por decisão tomada pelo STF, no dia 27 de junho de 2012, porém, os três foram desmembrados por não serem detentores de prerrogativa de foro, permanecendo somente Weverton para ser processado perante o Supremo Tribunal Federal.

Ação Penal contra Weverton Rocha poderá torná-lo inelegível e mandá-lo para a prisão. Foto: Reprodução / STF

PECULATO Ação Penal contra Weverton Rocha poderá torná-lo inelegível e mandá-lo para a prisão. Foto: Reprodução / STF

O Atual7 apurou que o advogado que defende o pedetista , Fabiano de Cristo Cabral Rodrigues Júnior, coincidentemente, trabalha e é proprietário do escritório de advocacia – Advogados Associados Fabiano, Fábio & Fabiano – que defendeu o juiz maranhense pecuarista Marcelo Testa Baldochi, incluído na ‘lista suja’ do trabalho escravo, em 2009, por submeter 25 trabalhadores da Fazenda Pôr do Sol, de sua propriedade, à situações degradantes, em condição análoga à escravidão.

 
Se condenado pelo STF, Weverton Rocha estará automaticamente impedido de disputar as eleições de 2014, por enquadramento na Lei da Ficha Limpa, podendo concorrer novamente a partir de 2022. Nem mesmo ocupar qualquer cargo público, como ocupou no governo Lago, será possível, também por enquadramento na Lei da Ficha Limpa, mas esta estadual, de autoria do deputado Zé Carlos (PT). Ele poderá ainda pegar até 12 anos de cadeia – inafiançável, pelo crime de peculato, por uso impróprio de bens públicos.

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