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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Após prestar depoimento, Ricardo Murad já está em ca

   Do Blog Jorge Aragão
Por Jorge Aragão - Após prestar depoimento de mais de doze horas na Polícia Federal, o ex-secretário de Saúde do Maranhão e ex-deputado estadual, Ricardo Murad, já está em casa. Os esclarecimentos de Murad entraram pela madrugada, mas, como o Blog afirmou, o ex-secretário de Saúde não foi preso, como alguns equivocadamente e outros propositadamente informaram.
Ricardo Murad de fato chegou a ter a sua prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal, mas a solicitação foi negada pela Justiça Federal.

A operação “Sermão aos Peixes” apresentou alguns detalhes curiosos, entre esses detalhes o fato de não ter estendido o período de investigação do suposto desvio de recursos. O questionamento tem sido feito pelo fato de uma das principais empresas apontadas no suposto desvio, a ICN (Instituto Cidadania Natureza) está trabalhando na Saúde do Maranhão desde o ano de 2006, mas o período investigado se limitou a apenas a atuação na gestão Ricardo Murad.

A ICN, antes da gestão Ricardo Murad, já atuou nos governos José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. O curioso é que durante boa parte desse período, o próprio Murad, enquanto deputado estadual, chegou a denunciar na Assembleia suposta irregularidades relacionadas a empresa. Mesmo assim, a ICN acabou ganhando licitações e trabalhando no Governo Roseana.

No Governo Roseana, o grupo comandado por Flávio Dino eram os oposicionistas e também apontavam supostas irregularidades ligadas a ICN na gestão Ricardo Murad, mas a mesma ICN ganhou duas licitações e trabalhava normalmente no Governo Flávio Dino, inclusive comandando as UPA’s – Unidades de Pronto Atendimento. Ou seja, a empresa ICN, uma das principais investigadas por desvios na área da Saúde da operação “Sermão aos Peixes”, trabalhou nos governos José Reinaldo, Jackson Lago, Roseana Sarney e Flávio Dino, mas estranhamente a investigação se limitou ao período equivalente a gestão Ricardo Murad.

Por determinação da Justiça Federal, o Governo Flávio Dino foi obrigado a romper o contrato com a ICN, o que foi oficializado na noite de terça-feira (17).

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